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quinta-feira, 10 de junho de 2010

Acessibilidade digital: um bom negócio para todos

Todos saem beneficiados com a acessibilidade digital. Descubra porquê.

Por Nicolly Vimercate


Além de ser uma forma de democratizar o acesso à internet, a acessibilidade digital tem se mostrado um campo de conhecimento que pode ser tanto um diferencial para os profissionais de TI, quanto uma vantagem competitiva para as empresas.

Segundo definição do SERPRO (Serviço Federal de Processamento de Dados), acessibilidade digital é: "Permitir o acesso à web por todos, independente de tipo de usuário, situação ou ferramenta. Criar ou tornar as ferramentas e páginas web acessíveis a um maior número de usuários, inclusive pessoas com deficiências."

Pensar nesse assunto, portanto, é mais do que pensar em adaptações tecnológicas para portadores de deficiência. As facilidades implementadas em um site podem beneficiar vários grupos de pessoas. As tecnologias assistivas beneficiam desde pessoas com dificuldades para navegar na internet, que usam um navegador diferente ou um equipamento muito antigo, até os que estão em uma situação que limita seus sentidos ou movimentos.
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“Quando restringimos o acesso do nosso site ao que julgamos serem as características do seu público alvo, estamos, na prática, usando a internet para limitar o nosso público, ao invés de ampliá-lo.”

Lêda Lucia Spelta


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Lêda Spelta, consultora da Acesso Digital, explica, em um de seus vários artigos sobre acessibilidade, que pensar que um site, por se dirigir a um público específico, não será acessado por diferentes grupos de pessoas é um equívoco: “Quando restringimos o acesso do nosso site ao que julgamos serem as características do seu público alvo, estamos, na prática, usando a internet para limitar o nosso público, ao invés de ampliá-lo.”

Existem várias recomendações para o desenvolvimento de sites acessíveis. A WTC (WWWC - World Wide Web Consortium) é a organização que, segundo especialistas, melhor define as diretrizes para a acessibilidade na internet. Através da publicação do W.C.A.G. 1.0 (Web Contents Accessibility Guidelines), a W3C determina que o desenvolvimento de websites deve ser realizado de modo a permitir a navegação de todas as pessoas, sem exceção.

Essa ampliação do grupo de usuários em potencial significa, inclusive, uma vantagem competitiva para as empresas que se utilizam da internet. “Quando tornamos o nosso site acessível, além de atingirmos os usuários da internet que não nos podiam acessar devido às barreiras encontradas, também estamos criando condições para que novas pessoas se animem a usar a internet; ou seja, estamos ampliando o nosso mercado. Além disso, estamos aumentando a visibilidade do site para os buscadores web, pois, assim como as pessoas cegas, eles também só conseguem ler o que está em texto.” afirma Lêda Spelta.

Pensando nisso, os profissionais da área de TI, devem se manter informados sobre as evoluções da área. Conhecimentos sobre XHTML, CSS e padrões web em geral, são indispensáveis para quem quiser se inserir no mercado de trabalho no campo da acessibilidade digital.

"O poder da Web está na sua universalidade. O acesso por todas as pessoas, não obstante a sua incapacidade, é um aspecto essencial." (Tim Berners-Lee, criador da internet e Diretor do W3C)



Algumas boas formas de tornar seu site acessível:


Imagens e Animações: Use o atributo alt para descrever a função de cada elemento visual.
Imagemaps: Use mapas client-side (o tag map) e texto para as regiões clicáveis.
Multimídia: Inclua legendas e transcrições para o audio, e descrições para o vídeo.
Híperlinks: Utilize texto que faça sentido fora do contexto. Evite a frase "clique aqui".
Organização da Página: Use cabeçalhos, listas e uma estrutura consistente. Use CSS para layout e estilo sempre que possível.
Gráficos e Diagramas: Sumarize o conteúdo ou use o atributo longdesc.
Scripts, applets e plug-ins: Para o caso de estarem desabilitados ou de não serem suportados pelo browser, forneça conteúdo alternativo.
Frames: Use o tag noframes e empregue títulos significativos.
Tabelas: Torne compreensível a leitura linha a linha. Resuma.
Valide seu trabalho: Use as ferramentas, checklist e os guias disponíveis em http://www.w3.org/TR/WCAG.)
(Fonte: W3C/WAI/Quick Tips)

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